Como já falamos, queremos trazer mais informações sobre maternidade e veganismo. Muitas pais nos pediram esse conteúdo e amaram o post anterior, então confiram a Parte 2!
Oi meninas! Essa é a continuação daquele 1º super relato da Dani Zukerman sobre maternidade e veganismo!
Como falamos no post anterior, somos super a favor de alimentações veganas e vegetarianas e, como a Dani Zukerman explica também, essa mudança deve sempre ser feita acompanhada de um nutricionista e quais quer exames necessários para acompanhar o seu corpo!
Aqui no Just Real Moms, também temos vegetarianas na equipe e temos colunistas veganos e plant-based também!
Estamos dedicadas, cada vez mais, em mostrar como é possível e de forma saudável, fazer essa mudança!
Neste post você também encontrará vários exemplos de Documentários e Livros para te ajudar nesse caminho. Confira e aprenda como maternidade e veganismo combinam!
(continuação…)
Eu nunca exigi que meus filhos ou meu marido mudassem seus hábitos, mas eles foram mudando gradualmente, seguindo meu exemplo.
Meu marido no começo foi muito resistente, mas desde o início coloquei pra ele que respeitaria sua forma de se alimentar, portanto gostaria que ele também respeitasse as minhas escolhas.
Com o tempo ele foi vendo as enormes mudanças que foram acontecendo na minha saúde e disposição, e também na saúde do nosso filho do meio, que tirou por escolha pessoal os animais e seus derivados do prato, e melhorou imensamente suas alergias.
Alice também vem crescendo com muita saúde, então foi natural ele também querer melhorar sua dieta.
Aprendi a preparar versões veganas de todos os pratos que costumávamos comer e desenvolvi tantos outros, cheios de novos sabores! Minha filha menor, que hoje tem 7 anos tem uma alimentação 99,9% vegana, pois as vezes come um bolo com leite e ovos na casa de uma amiga, ou um iogurte na casa da avó.
Eu não a proibo de consumir, mas ela já percebe o mal estar que vem logo após comer estes ingredientes, físico e emocional, pois seu PH muda e ela sente desconforto digestivo, e ela entende que não precisamos fazer uso de animais na nossa alimentação e que eles sofrem no processo de produção.
Meu filho mais velho não é vegano, tem uma alimentação também 99,9% vegana, socialmente (antes da pandemia) ia em restaurantes e lanchonetes que não são veganos e consome produtos de origem animal. O respeitamos.
Nossos filhos têm a consciência dos impactos que estes alimentos trazem para a saúde, para os animais e também para o meio ambiente, mas as imposições sociais e tradições muitas vezes os levam a fazer o que é mais cômodo, e não o correto.
Não os julgamos por isto e seguimos na nossa jornada de evolução a cada dia. Cada um descobrindo a cada dia a melhor versão de si mesmo e da relação com seu entorno.
Os benefícios de retirar os animais e seus derivados da alimentação são imensos e vão além da nossa saúde.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o setor de produção animal é um dos dois ou três maiores responsáveis pelos mais sérios problemas ambientais, em todas as escalas da local à global (FAO/ONU, 2009).
Nossos esforços cotidianos para reduzir o uso de água em casa e no trabalho são importantes, mas tornam-se quase insignificantes comparados à eliminação da carne do cardápio, uma vez que são utilizados entre 10 e 20 mil litros de água para produzir apenas 1 Kg de carne bovina.
Outros tipos de carne e produtos animais também requerem um aporte de água muito superior ao de alimentos veganos. A pecuária é responsável por aproximadamente 70% do desmatamento na Amazônia.
A produção de alimentos através da pecuária utiliza de maneira ineficiente grandes extensões de terra para produzir grãos que serão usados para alimentar não pessoas, mas animais que serão engordados e abatidos.
Olhando estes números e constatando que somos quase 8 bilhões de humanos hoje vivendo na terra, e que abatemos 70 bilhões da animais terrestres por ano para alimentação (fora os animais marinhos), percebemos que em alguns poucos anos o planeta entrará em colapso se não fizermos uso mais inteligente dos nossos recursos.
Não é este planeta que quero deixar para os meus filhos.
Fora todos estes benefícios que esta alimentação causa ao planeta, não fazemos mais uso de remédios, pois não ficamos mais doentes com a frequência que ficávamos. Entendam, eu não sou contra tomar remédio, mas o que acontece é que não precisamos mais usá-los com a frequência que usávamos.
A Alice, por exemplo, tomou antibiótico apenas uma vez na vida…!
Me sinto mais disposta, tenho uma saúde que não tive nem na adolescência, e tenho a consciência tranquila de saber que contribuo para um mundo mais sustentável e amoroso para com todas as espécies.
É sempre difícil sairmos da nossa zona de conforto, de deixar hábitos que nos acompanham por toda vida, de modificar nossa rotina.
Por isto, eu e meu marido, mergulhamos neste universo da alimentação plant-based, para facilitar a vida de quem tem a intenção de melhorar a dieta, mas não quer deixar de comer o que está acostumado a comer.
Produzimos hambúrguer que tem gosto de carne, cheiro de carne, mas é feito com proteína de ervilha. Produzimos também requeijão, manteiga, cream cheese e muitas outras delícias surpreendentemente saborosas, infinitamente mais saudáveis, sustentáveis, que não precisam explorar animais e não geram pandemias…
Claro que estes produtos não são a base da nossa alimentação, mas nos trazem a memória afetiva e aquele momento de indulgência que todos nós gostamos!
Nossas refeições do dia a dia são ricas em vegetais, cereais, leguminosas, sementes e castanhas minimamente processadas.
O que todos nós devemos ter como princípio é desembalar menos e descascar mais!
Tem gente que não quer mudar, e estas escolhas têm que ser respeitadas. Eu sempre prefiro incentivar pelo exemplo, com um bom papo sem julgamentos.
Sempre falo em casa sobre os benefícios do alimento que vem direto da terra, e faço todos colocarem a mão na massa!
Quando alguém aqui em casa fala que não gosta de algum vegetal eu digo que ele precisa experimentar este vegetal preparado pelo menos de 3 formas diferentes pra ter certeza de que não gosta!
As mudanças devem ser graduais e exigem muito amor, paciência e conversa!
Se meu marido mudou seus hábitos, acredito que todos possam mudar! Já se passaram pouco mais de 3 anos que o Fabio é vegano, e ele também fez suas adaptações gradualmente na dieta. Ele diz que foi das melhores decisões que tomou na vida, e eu concordo com ele!
Meus mais velhos já me ajudaram mais na cozinha, agora que estão adolescentes mergulharam nos seus projetos pessoais, mas penso que saber cozinhar é uma necessidade básica humana. Deveríamos aprender na escola! Então aqui em casa todos sabem se virar na cozinha!
Precisamos de proteína, carboidrato, vitaminas e minerais para o crescimento, desenvolvimento e saúde humana. As fontes destes nutrientes podem ser de origem animal ou vegetal.
Porém, quando analisamos a produção dos animais de hoje entendemos que são subprodutos de uma cadeia que está repleta de falhas, que geram altos custos para a nossa economia, meio ambiente e saúde, e ainda são potenciais incubadores de novos vírus e superbactérias.
A crença de que a proteína animal é melhor do que a vegetal já não existe mais no meio acadêmico e eu, minha família e milhares de outras pessoas são exemplo vivo desta afirmação.
A ciência já provou que uma alimentação integral, natural e minimamente processada não apenas é a ideal para nós humanos como também para a saúde planetária…! Se o seu médico disser que você precisa de carne para crescer e ter saúde peça gentilmente para ele se atualizar!
Deixo aqui algumas dicas de documentários e livros para quem quer se aprofundar no assunto:
Documentários:
- Forks Over Knives (Troque a Faca pelo Garfo)
- Cowspiracy (A Conspiração da Vaca)
- Especiesism (Especismo)
- Seaspiracy
- Blackfish
- Simple Raw
- Earthlings (Terráqueos)
- Vegucated
- The Cove (A Baia da Vergonha)
- Got the facts on milk? (Você sabe tudo sobre o leite?)
- The Ghost in out Machine (Os Fantasma em Nossa Máquina)
- What the Health
- Food Choices (Escolhas Alimentares)
- A Carne é Fraca
Livros:
- Whole: Rethinking the Science of Nutrition – T. Colin Campbell, PHD
- The China Study – T. Colin Campbell, PHD
- O Céu da Boca: Guia de Nutrição para o Corpo e Consciência – Marise Berg
- Lugar de Médico é na Cozinha – Dr. Alberto Peribanez Gonzales
- Comer Pra Não Morrer – Michael Greger
- A Cura do Diabetes pela Alimentação Viva – Dr. Gabriel Cousens
- Nutrição Evolutiva – Dr. Gabriel Cousens
- Alimento ou veneno? – Robert Cohen
- Zonas azuis: A solução para comer e viver como os povos mais saudáveis do planeta – Dan Buettner
